O empréstimo, ou operações com participantes como também é chamado, é um dos investimentos do Infraprev. Aproximadamente 7% dos recursos do Instituto estão alocados nessa carteira. O limite máximo de aplicação determinado pelo Banco Central é de 15% do patrimônio.
Isso significa, que como acontece nos segmentos de renda fixa, renda variável, imóveis e investimentos estruturados, o empréstimo precisa gerar rentabilidade e contribuir para o atingimento da meta atuarial (INPC+5,7%), a fim de garantir o pagamento dos benefícios previdenciários.
Para que esse objetivo seja atingido, o Infraprev zela pelos recursos e segurança operacional das concessões, mas enfrenta alguns desafios. Os principais problemas no mercado de crédito brasileiro hoje são a inadimplência e o alto grau de endividamento das famílias. Por isso, as mudanças sistemáticas das regras de empréstimo, em 2015 e em 2016, foram adotadas para dar proteção ao investimento e permitir que os participantes tenham capacidade financeira para honrar os pagamentos.
O Infraprev tem atualmente, aproximadamente, 9.600 contratos ativos de empréstimo e uma taxa baixa de inadimplência de 2,75% da carteira. Porém, apesar do cunho social em oferecer taxas menores que o mercado e por ser crédito consignado em folha, é preciso estar atento na relação de risco e retorno que consta na legislação que regulamenta os fundos de pensão. São riscos como o de falecimento do mutuário, de desligamento do patrocinador ou, mesmo, de perda da capacidade pagadora, em decorrência de decisão judicial que priorize outra dívida, entre outras possibilidades. Todos esses riscos são levados em consideração na gestão da carteira.
Portanto, vale reforçar, os recursos capitalizados e utilizados precisam resguardar o futuro dos participantes com o pagamento de aposentadorias, pensões, pecúlios e auxílios-doença. E nesse caso, tanto o Instituto quanto o participante precisam proteger o patrimônio de qualquer utilização que não seja para atender esse objetivo de longo prazo.