A rentabilidade do INFRAPREV no primeiro trimestre do ano de 3,68% ficou acima da meta atuarial, que foi 3,32%. A diferença de 0,35% parece um resultado tímido, mas em função da alta da inflação e da instabilidade do mercado nesse período, foi muito significativo. A rentabilidade ficou acima dos indicadores de mercado, como o CDI que obteve 2,03%.
Janeiro foi impactado pelo resultado da bolsa de valores que registrou baixa de 4,65%. A crise na Grécia também deixou o mercado financeiro em alerta. Já fevereiro foi marcado pela forte volatilidade da bolsa de valores. O Ibovespa teve valorização de 1,69%. E a questão grega ainda preocupou os mercados. Mas, em março, o cenário internacional se mostrou mais positivo, com as novas medidas e planos econômicos para a Grécia. O Ibovespa fechou positivo em 5,82% e no trimestre ficou em 2,60%.
Juros e inflação foram a preocupação do mercado interno. O cenário negativo de inflação corrente e a alta nas expectativas de crescimento da economia sinalizaram para o aumento da taxa básica de juros ainda no primeiro semestre.
Diante desse quadro, a estratégia de investimentos adotada foi a mais acertada. No curto prazo, o INFRAPREV está privilegiando um mix de investimentos pós-fixados, os FIDC’s. Ainda aposta na bolsa de valores, mas não tão agressiva como no passado. A carteira de renda variável está estruturada em papéis com bons dividendos, liquidez e atrelados ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
No longo prazo, o Instituto tem investimentos em projetos, que são mais consistentes, os FIP’s na linha de sustentabilidade e energia. Se referem à transmissão de energia e fontes renováveis; transmissão, geração e distribuição de energia; florestamento e reflorestamento; tecnologias no setor de educação e projetos habitacionais. Esses investimentos totalizam 18,19% do patrimônio.
Mesmo com um resultado negativo em janeiro, a renda variável ficou acima da meta no trimestre com 4,59%. Destaque para a carteira de empréstimos que teve rentabilidade de 9,57%. Os dois investimentos puxaram o resultado para cima, uma vez que os segmentos de renda fixa, imóveis e investimentos estruturados ficaram um pouco abaixo da meta.
A carteira de investimentos está estruturada da seguinte forma: 57,39% em renda fixa, 24,33% em renda variável, 7,67% em investimentos estruturados, 3,83% em imóveis e 6,77% em empréstimos.