O INFRAPREV assumiu durante a Conferência Rio+20, junto com outras 37 instituições financeiras de todo o mundo, o compromisso de dirigir seus investimentos para empresas comprometidas com práticas de sustentabilidade. É o primeiro fundo de pensão no mundo e a primeira empresa brasileira signatária da Declaração do Capital Natural.
Com a adesão à Declaração do Capital Natural, o setor financeiro se compromete a informar em seus balanços contábeis a quantidade de recursos naturais que consomem em seu processo produtivo. O desafio dos signatários será definir os padrões para a classificação do uso dos recursos naturais na contabilidade das empresas. O capital natural incorpora todos os ativos naturais da Terra — solo, ar, água, flora e fauna — e os serviços ecossistêmicos a eles associados.
A iniciativa é da United Nations Environment Programme Finance Initiative (UNEP-FI) e Global Canopy Programme, com a parceria no Brasil do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
— Um dos maiores desafios de corporações, governos e sociedades é promover o desenvolvimento econômico através do uso sustentável do capital natural. Isso requer uma profunda mudança nos padrões de produção e consumo. A empresa é usuária de um recurso natural que não é dela, mas do meio ambiente, de todos. A grande preocupação é manter o desenvolvimento econômico sem levar ao esgotamento dos recursos naturais, afirma Carlos Frederico Aires Duque, diretor-superintendente do Infraprev.
Ao aderir à Declaração do Capital Natural, o Infraprev reafirma seu compromisso com o meio ambiente e a sociedade. O fundo de pensão que é signatário dos Princípios para o Investimentos Responsável (PRI), uma iniciativa da UNEP-FI, e do Carbon Disclosure Project (CDP) pretende incentivar outras instituições brasileiras a se engajarem na prestação de contas sobre a utilização dos recursos naturais em suas atividades.
Aproximadamente 17% do patrimônio do Infraprev já estão alocados em ativos e setores econômicos que têm entre seus princípios a governança corporativa e a responsabilidade socioambiental.
- O desenvolvimento sustentável é o caminho pelo qual seguirão os fundos de pensão neste século. É uma responsabilidade que os fundos de previdência terão que assumir cada vez mais, tendo em vista a visão de longo prazo de seus compromissos, explica Carlos Frederico Aires Duque.